Testamos a nova Honda CB Twister 250 CBS, uma líder de venda da categoria. A facilidade para contornar obstáculos nas grandes cidades é um destaque da máquina 1r384d

TEXTO E FOTOS: TRINITY RONZELLA

A Honda CB Twister surgiu no mercado brasileiro em 2001 para substituir a CBX 200 Strada, que deixou de ser fabricada em 2002. Também vendida na Argentina e no México, foi exportada para a Europa com o nome de CB F250. Sua produção continuou até 2009 quando, por não se enquadrar nos limites de emissões, deixou os holofotes e surgiu a CB 300, que não agradou tanto como a antecessora. O resultado? Em 2015, a Twister voltou, mas com injeção eletrônica e tecnologia FLEX. Hoje, ela lidera a categoria das 250cc e, na classificação geral, é a quinta mais vendida no mercado brasileiro.

MODELO 2020

Testamos o modelo CBS por mais de 500 km entre cidade, estrada e terra para aferir sua valentia – afinal, esse tipo de máquina é usado para diversos fins em nosso país. O visual é chamativo e bonito, e isso é inegável: por onde ei, ela foi notada e elogiada por seus grafismos. O é outro ponto positivo. Completo e digital, possui todas as informações necessárias e com fácil visualização (mesmo à noite). Os piscas e lanternas em LED, além de ótima luminosidade, condizem com a modernidade da rabeta, dando mais esportividade ao visual. A moto parece ser maior do que é!

EM MOVIMENTO

Para conseguirmos ar todas as nossas impressões, vamos dividir os percursos:

Cidade: ágil, ela teve facilidade em “trilhar caminhos” pelo trânsito caótico de São Paulo, “serpenteando” tranquilamente entre os carros. Se precisar acelerar, as respostas são rápidas. A posição de pilotagem não é cansativa e o banco é bem confortável.

Estrada: percorri centenas de quilômetros e me surpreendi. Ela não cansa o piloto nas estradas. A sensação é a de estar em uma moto maior, pois ela responde bem em retomadas, a força do motor a empurra em velocidades acima do permitido e, o que é melhor, mantém a velocidade de cruzeiro sem sofrer e vibrar. O farol, apesar de um pouco alto, tem ótima amplitude e alcance.

Terra: por que colocá-la na terra? Ora, porque essa é a realidade de muita gente. O consumidor adquire uma moto como esta e a usa para o trabalho, viagens e eios de final de semana. Quem vai deixar de tomar um banho de cachoeira por não ter uma moto off-road? Por isso levei a Twister a um lugar aonde sempre vou com as motos off-road, sem exigir comportamento de off e adaptando o uso para o estilo da máquina. Sem esperar o mesmo desempenho, fiquei impressionado com as respostas que obtive. Eu a achei muito estável e segura em estradas de terra. As suspensões não decepcionaram e o banco, mais uma vez, surpreendeu. Dá para ir numa boa para a terra com ela! Só vai pegar poeira…

FREIOS CBS

Inicialmente, sempre rodo alguns quilômetros para me acostumar com o novo equipamento, e dessa vez não foi diferente. Esse lance de acionar o freio traseiro e este pedir uma “mãozinha” para o colega (o freio dianteiro) é bem perceptível e me deixou um pouco cauteloso no começo, o que é natural. A cautela se deu por tentar encontrar os limites. Se eu quiser travar a roda traseira na terra, por exemplo, qual será o efeito na roda dianteira?  Nada que, ado algum tempo, não se tornasse comum. Assim, ei a sentir mais segurança.

AUTONOMIA

Este item chamou minha atenção. Fui rodando e achei que poderia haver algum problema com o , pois o combustível não baixava. Os 16,5 litros de gasolina renderam muito – impressionantes 28,7 km/litros! E olhe que andei bastante na estrada, na terra e na cidade. Fui abastecer com 420 km (e ainda havia mais gasolina para queimar no tanque!). Excelente!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Gostei da moto em todos os ambientes nos quais rodei. Ela entrega um desempenho muito satisfatório, possui um visual bem agradável, os freios são eficazes e a autonomia é ótima. Não é à toa que vende como água! É uma moto versátil, que atende ao dia a dia de trabalho e, também, a eios curtos de final de semana e viagens mais longas.

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